Falta de água potável preocupa moradores da Nova Esperança

        

        A estação mais quente do ano trás a tona um antigo problema das comunidades do interior de Hulha Negra. A estiagem é visita intragável, porém, conhecida do município. Nem mesmo as chuva de janeiro amanizaram a situação e o município vê na falta de água potável um dos problemas a serem resolvidos com urgência.

        Na Comunidade Nova Esperança (25km da sede do município) os moradores vivenciam o impasse à sombra, mas, sem a água fresca. 

        O cenário desolador toma forma na residência da família Caovila, pequenos agricultores que desbravam as terras daquela região desde de o final de década de 80. O poço, único reservatório de água potável da família, secou. A água utilizada para ingerir, cozinhar, tomar banho e lavar louças vem do açude e é dividida com os animais que integram o tambo - fonte de renda da família.

    "A água é esverdeado e bastante suja, mas é o que temos pra beber, cozinhar, tomar banho e tudo mais", lamenta a agricultora Marli Caovila. Ela teme pela sua saúde, a do marido e de dois filhos. "Beber essa água ameniza a sede mas aumenta a preocupação com as doenças transmitidas pela água que não recebe tratamento", disse a agricultora.

    O secretário de Obras, Serviços Público e Trânsito, Valdinei de Mattos, explica que a prefeitura segue o cronograma de distribuição de água potável na sede do município, porém, afirma que não possui um veículo capaz de atender a demanda do interior. "O caminhão pipa que fazia a entrega de água no interior pertence a uma cooperativa do município e foi solicitado. Estamos estudando uma forma para não deixar ninguém sem o atendimento", explica o secretário. Mattos não descarta a possibilidade da prefeitura alugar um caminhão pipa ou equipar um veículo da frota com um reservatório de água. "Acreditamos que tudo se resolva nos próximos 20 dias", acredita o secretário afirmando que a situação da falta de água "é bem complicada".

    Em 2011 Hulha Negra elencou a lista dos municípios a decretar estado de calamidade. Naquele ano o município foi o sexto do Estado a emitir o decreto.