Ciclista que visitou Hulha Negra segue na busca por um recorde

08/10/2012 15:23

 

Foto: Joanes Araujo

VINÍCIUS DA SILVA Ciclista faz pausa na BR-293, próximo ao acesso do Pampeano

 

        O ciclista Vinícius da Silva, que teve uma passagem rápida por Hulha Negra, já está na Argentina. De Paso de lo Libres, Vinícius conta que o próximo país a ser visitado é o Paraguai. Em sua jornada com a magrela, o ciclista visitou Hulha Negra no dia 13 de setembro.

        Percorrendo as estradas brasileiras ele quer pedalar por todos os países das três Américas. Natural do Estado do Amapá, Vinícius tinha 22 anos quando saiu pelo mundo. "Eu saí fugindo de mim mesmo, fugindo da solidão que torturava minha alma".

        Essa solidão ele carrega desde menino, quando em 1999 perdeu toda a família em um naufrágio de barco próximo a Manaus, no Amazonas. "Eu cantava em uma banda de forró em Manaus e minha família ia assistir ao show quando o barco naufragou", conta.

        Sozinho no mundo, ele foi vendedor de tucumã (palmeira nativa do Amazonas que produz um fruto muito apreciado pela população local) nas balsas, fez vários pequenos serviços e depois voltou a cantar e dançar na Banda Rabo de Vaca, remanescente da Banda Carrapicho, que já fez sucessos como "Vermelho", "Festa do Boi Bumbá" e "Canto Envolvente".

        "Mas eu não suportava a solidão, a saudade da família, uma angústia muito grande, daí resolvi sair pelo mundo de bicicleta", destaca. Ao decidir pedalar em busca de um recorde, o ciclista colocou na bagagem um colchão, uma barraca, ferramentas e poucas roupas. Dinheiro, nenhum, nem patrocinador. Em cada cidade pede ajuda somente para viver "hoje", pois "amanhã" estará em outro lugar. "Já até perdi a noção de dinheiro", explica.

        Na viagem, está na terceira bicicleta. A primeira foi roubada em Bacabal, no Maranhão, e teve que percorrer cerca de 500 quilômetros a pé até Teresina. A segunda foi roubada em Patos de Minas, Minas Gerais.

        Apesar de viver no mundo e de pensar em parar só depois dos quarenta anos, o amapaense sonha em constituir uma família, ter um bom trabalho em um local fixo e parar de fugir. Mas, primeiro quer ver o nome dele estampado no Livro dos Recordes com 1 milhão de quilômetros pedalados.

        Vinícius pretende seguir pedalando até 2027. Depois, quer escrever um livro sobre suas aventuras pelo continente. Até lá, ele espera já ter ido até os Estados Unidos e ter o nome escrito no Guiness. “Vou até a Casa Branca, e vou cravar a bandeira do Brasil lá”, prometeu.

        "Eu preciso de ajuda para continuar minha jornada, não tenho patrocinadores e vivo apenas de doações", enfatizou o ciclista. As doações podem ser feitas no Banco do Brasil, Ag 0.263-1 e conta poupança 13.986-6.  Acesse o link e conheça um pouco mais da história desse ícone do ciclismo: www.youtube.com/watch?v=HASfsMpCoeI

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